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sábado, 11 de julho de 2009

Secretária sugere que metade das pessoas nos albergues está acomodada

http://www.rederua.org.br/pub/otrecheiro/2009/178_trecheiro_junho_2009.pdf

Renata Bessi

A secretária municipal de
Assistência e Desenvolvimento
Social de São Paulo, Alda
Marco Antonio, tentou minimizar,
durante audiência pública
na Câmara dos Vereadores de
São Paulo, os efeitos negativos
causados pelo anúncio de que
3200 pessoas que vivem nos
albergues, quase metade das
vagas existentes na cidade, oito
mil, devem ser desligadas dos
serviços. “O desligamento tem
que ser rotina da Assistência
Social. As pessoas têm que ter
suas vidas dentro de suas casas.
O que dá dignidade a uma pessoa
é uma casa e poder dizer
este chão é meu”, afirmou a
secretária.
O vereador José Américo
questionou Alda sobre os dados
que serviram de base para a secretaria
tomar tal decisão, tendo
a certeza de que as pessoas não
acabarão nas ruas. Segundo ela,
desde que assumiu a secretaria
em janeiro deste ano, sua gestão
tem feito levantamentos de
informações, baseados na ficha
preenchida pelos usuários no
momento em que entram nos
albergues.
Muitas das 3200 pessoas
ganham até R$ 1 mil, informa
a secretária. Elas devem ser
desligadas, com exceção dos
idosos, sem nenhum tipo de
encaminhamento, segundo o
jornal O Estado de S.Paulo.
Para o mesmo jornal a secretária
fez a seguinte afirmação:
“Tem muita gente que ganha
R$ 1 mil e continua morando
nos albergues por comodismo.
Ficam três, quatro anos”.
Se as pesquisas da Prefeitura
dizem que todas estas pessoas
ganham até R$ 1 mil, as mesmas
pesquisas não podem garantir
que elas consigam sair da
situação de rua apenas com os
valores que ganham. O ex-morador
de rua Sebastião Nicomedes
deu seu testemunho. “Morei
nas ruas. Se estas pessoas estão
nos albergues é porque não têm
condições de morar sozinhas
com R$ 300 ou R$ 1 mil, como a
senhora supõe”, disse Nicomedes.
“Demorei quatro anos para
conseguir sair das ruas”.
Higienista?
Alda repeliu com irritação a pecha
de que sua administração é higienista.
“A secretaria da Assistência não
bate em ninguém na rua. Não aceito
que diga que a secretaria tenha uma
postura higienista”.
Apesar da sua indignação, Alda
não respondeu objetivamente à
questão do vereador José Américo
(PT), colocada inclusive por grandes
veículos de comunicação, de que sua
gestão aplicaria uma política de exclusão
tentando levar os moradores
de rua do Centro para a periferia
da cidade. “Da parte da secretaria
o nosso interesse é fazer um ótimo
trabalho. Respeitar o sujeito da nossa
atenção, que é o morador de rua.
Nossa secretaria existe para atender
o cidadão que não contribuiu para a
Previdência, mas que têm direitos
e o Estado tem que garantir estes
direitos”, disse a secretária.
Alda justificou ainda que a
secretaria tem dificuldade em
encontrar prédios no centro da cidade
para construção de moradias
definitivas. “Achar que tem prédio
desocupado no centro de São
Paulo é uma ilusão. São prédios
com demanda judicial”.

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